sexta-feira, 3 de junho de 2011

Não é preciso ser um grande estudioso da linguagem para reparar que nós, latinos, falamos - e muito - com nosso corpo. Gesticulações, expressões faciais, olhares...Sim, todo latino é um drama em potencial! E é por isso que conhecer bem os sinais corporais pode abrir as portas para um mundo paralelo da linguagem. Nas linhas abaixo, o Bom de Humor te ajuda a desvendar as mensagens que você transmite com o próprio corpo - e aquelas que você recebe sem nem se dar conta!

Mas atenção: não é porque uma pessoa está de braços cruzados que ela necessariamente está retraída. Aliás, o assunto é bem mais complexo do que simples associações diretas, como alerta o especialista em linguagem corporal Marcos Cardoso: “Para interpretar um gesto de forma coerente, uma das melhores formas é analisar o conjunto de gestos. Analisar as mãos, mas também os pés; o olhar, o sorriso, a posição do corpo”, afirma. Tudo isso, segundo ele, ajuda a definir o nível de interesse da pessoa.Herança expressiva

Ainda segundo Marcos Cardoso, a linguagem corporal, muito mais do que um simples reforço à linguagem falada, era uma das principais formas de comunicação na antiguidade. É só imaginar que lá atrás, num passado nem tão remoto, não existiam microfones, alto-falantes, muito menos escolas de idiomas em cada esquina. Portanto, ao falar em público ou se comunicar com um estrangeiro, os gestos tinham que dar conta do recado!

É por isso que até hoje grandes oradores são geralmente grandes gesticuladores, que o diga o líder cubano Fidel Castro, que adora um discurso cheio de trejeitos: 6 funções

No vídeo de Fidel podemos ver claramente pelo menos três das seis funções que a comunicação não-verbal exerce em relação às mensagens que desejamos transmitir: (a) repetição e ênfase da mensagem verbal; (b) complementação; (c) contradição do que foi verbalizado; (d) substituição; (e) regulação do fluxo verbal; (f) sinalização das relações de poder no espaço físico.

Veja detalhes sobre cada uma dessas funções analisados pelo pesquisador Sergio Senna Pires:

a) Para repetir uma mensagem, utiliza-se um gesto ilustrador afirmativo. O polegar para cima, por exemplo, logo em seguida da mensagem verbal.

b) Agora, para enfatizar uma mensagem, basta apresentar esse mesmo gesto simultaneamente àquilo que a se dizer.

c) Já a contradição da mensagem verbal consistiria em afirmar algo, mas expressando o seu contrário. Como exemplo, Senna cita a entonação, o volume de voz e gestos enfáticos numa pessoa que diz não estar nervosa.

d) Por outro lado, gestos e expressões faciais podem substituir a verbalização. Uma pessoa que chega em casa com uma expressão abatida, por exemplo, pode comunicar que teve “um dia e tanto” sem, no entanto, dizer uma palavra. Quem nunca comentou com alguém “sua cara já diz tudo!”?

e) A regulação é basicamente o controle do ritmo e a harmonia do que está sendo dito. Lembre do maestro com sua orquestra! Ele precisa sinalizar e acenar com precisão para seus músicos, a fim de dar ordem à música. Da mesma forma, uma pessoa acena para outra com o intuito de fazê-la esperar para falar.

f) Segundo o pesquisador, a comunicação não-verbal se estende para outras fronteiras significativamente importante no contexto do trabalho. Trata-se de como as relações de poder se manifestam nos ambientes, na forma como organizamos nossa mobília e em como nos dispomos nesses espaços. Um exemplo muito comum, ele afirma, consiste na posição que ocupamos na mesa de reuniões. “Há uma hierarquia de lugares a serem ocupados e todos sabem disso”. Saiba mais!

Para saber ainda mais no assunto, você pode acessar os sites dos especialistas Marcos Cardoso.

fonte:
http://www.bomdehumor.com.br/materia/3307-Linguagem_corporal.htm

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